Tengo sed…


“…Yo tengo sed de aromas y de risas
sed de cantares nuevos
sin luna y sin lirios
y sin amores muertos.

Un cantar de mañana que
estremezca a los remansos
quietos del porvenir.
Y llene de esperanza
sus ondas y sus cienos…”

Sou tão perto de você!

Tem pessoas que não sabem, que não acreditam, mas que apesar de prestarem atenção na gente, de perceberem quando a gente não tá bem sem uma palavra, de estarem bem pertinho, convivendo todos os dias, mantêm um misterioso silêncio…precisam que a gente diga o quanto são importantes pra nós! Quero regar o que há de lindo em você!

Quando começar o frio, dentro de nós
Tudo em volta parece tão quieto
Tudo em volta não parece perto
Toda volta parece o mais certo
Certo é estar perto sem estar
Perto de você, sou tão perto de você, sou tão perto de você

Quando o tempo não passar, dentro de nós
Cada hora é como uma semana
Cada novo alô é mais bacana
Cada carta que eu nunca recebo
É sempre um motivo pra lembrar
Sou tão perto de você

Quando a paz se anunciar, dentro de nós
É porque aquilo que nos cega, mostra um outro lado pra moeda
Que não paga as coisas do meu peito
O preço é me fazer acreditar
Sou tão perto de você

A Casa

Texto lindo de Rubem Alves, para traduzir meu sonho concretizando!

Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim.
Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir.
Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma…

Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas… São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia.

(…)
Mas um dia o inesperado aconteceu. O terreno ficou meu. O meu sonho fez amor com a terra e o jardim nasceu.Não chamei paisagista. Paisagistas são especialistas em jardins bonitos. Mas não era isto que eu queria. Queria um jardim que falasse. Pois você não sabe que os jardins falam? Quem diz isto é o Guimarães Rosa: “São muitos e milhões de jardins, e todos os jardins se falam. Os pássaros dos ventos do céu – constantes trazem recados…”

Somente quem tem saudades entende os recados dos jardins. Não chamei um paisagista porque, por competente que fosse, ele não podia ouvir os recados que eu ouvia. As saudades dele não eram as saudades minhas. Até que ele poderia fazer um jardim mais bonito que o meu. Mas não era bem isto que eu queria.

Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que existia dentro de mim como saudade. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora; era a poética dos espaços de dentro. Sonho com um jardim. Todos sonham com um jardim. Em cada corpo, um Paraíso que espera…”


Meu jardim começa por aqui!

Relacionamento, frescobol e tênis.

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“Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.

Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me.

Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente.

Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice’? Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar…(TEM MAIS DESTE TEXTO NO LINK ABAIXO)’

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O que você me cala quando está por perto…

Quero poder dizer o que você me cala quando está por perto…

Quando meu olhar encontrou você –aqui um grande parêntesis: apesar de estar em "outra paisagem" naquele tempo, você sempre me pareceu familiar, lembro das meias que você vestia (!), dos seus gestos, da sensação de estar do seu lado sentindo o coração aquecido...e já se foram 2 anos, mesmo que você não tenha visto– percebi que o tempo tem o seu tempo e a sua lógica (ok,ok, sei que você não acredita mais nessas histórias, mas mesmo que não acredite, elas ainda existem) então, cruzei o mundo pra te ver mais uma vez, refazer meu caminho e estar por perto, perceber você, sentir seu tempo, ouvir sua voz, estar à merce de seu olhar, me deixar ser guiada por você… e aprendi com a sua sutileza

…a distância que se impôs entre nós quando desci do avião de volta pra ‘casa’, mostrou a necessidade de estabelecer relações positivas que sejam alicerce para “caminhos que caminhamos juntos”, querendo a felicidade do outro como forma de exercer “Amor, Compaixão, Alegria e Equanimidade”. O que à primeira vista poderia parecer impossível (na roda da vida), o dharma me mostrou que essas relações são a oportunidade de exercer valores elevados, nos permitindo avançar…

… o tempo passou e o coração rodopia em te ter por perto outra vez…mesmo assim, quando estamos perto, parece que as palavras são desnecessárias e o silêncio que me cala povoa o oceano infinito de nós dois…Olho pra você e sou a menininha querendo se aninhar nos seus braços, tua presença me basta, te quero feliz, te quero livre como você é, que é como te admiro. Tanto tempo e meu carinho não dependeu da tua presença ou da tua resposta…aprendi a mantê-lo estável em mim e a preencher meus “buraquinhos internos” comigo mesma. Aprendo com a sua sutileza e o que você me cala quando está por perto, vira imensidão no meu peito, feliz, sossegada, agora que sabe que o tempo tem o seu tempo, desabrocha em flor no meu jardim.

-Mais uma historinha de amor, daquelas que ninguém acredita mais, mas que existem!

Um pouco de nada…

Às vezes tem coisas que não valem nada, mas a gente também se diverte com elas…junte duas delas e vira palhaçada…a história do Padre Alado e mistério sobre o que seria o ícone dos blogs deram o que falar…o Marcos Mion e seu humor que eu adoro, se sairam com essa…
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“…aquele pequeno ícone é o Padre Alado antes de amarrar as outras 999 bixigas!!!
E, pela última vez, pois jurei que não falaria mais sobre este assunto que não é engraçado…mano, é triste…ainda mais depois que teve o ciclone lá no Sul…quem vai achar o padre agora?! E se ele foi pra Terra de Oz?! Ozsasco…!! Para!! Não é piada!!! AAAAAAiiiiiiiii!!! É que esta historia é cabulosa! Se não fosse uma tragédia, seria muito engraçado!! Mas vamos combinar que o Padre tb não ajudou, né?!! Mas vai pra onde com mil…MIIIIIIIIIIIIILLLLLLLLLLLLLLLLLLLL BALÕES amarrados na cabeça???? É óbvio que não daria certo esta historia…tem coisas que quando vc olha já sabe que vai dar merda! E me vai ainda com um gps que não sabe operar, um celular sem bateria, uma barrinha de cereal e duas óstias!! Uma sabor ervas finas e a outra sabor canela…pra sobremesa!!”

Alicerce

“Vou demolir minha casa
pra esculpir
minuciosamente
o duradouro…
Cansei de morar
eternamente no efêmero…”

*poema de Marla de Queiroz

Por dentro e por fora

*Musiquinha ali embaixo: retrato fiel lá de casa!
Enquanto terremotos acontecem por dentro, lá fora a casa se prepara pra receber o mundo…
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Tapetes do lado de fora pra tirar a poeira (como aqui dentro). E a gente deita na grama, depois do almoço, pra aquecer o coração. Quando menos se espera tem alguém pedindo um abraço que a gente queria tanto dar e receber…A casa espera os filhos que voltam, a gente se alegra com tanto pra contar, pra sorrir, pra abraçar, pra dividir!

Família grande é assim: conviver às vezes dá trabalho, tem que contar até dez, tem que regar, tem que remexer na terra, mas no fim tudo é tão bom!!! Quando o olho abre, já tem gente pra cantar. Na cozinha, cada um com seu despertar vai entrando e preenchendo o espaço de particulares coloridos.

A gente se vê todos os dias, sempre tem carinho, sempre tem alguém pra sustentar…se não for um é outro. Às vezes dá uma vontade de ficar sozinho, mas no fundo a gente sabe que sempre vai ter com quem contar, pra quem olhar, em quem tocar!

Quando sento pra almoçar, todo mundo apertadinho pra comer, se alimentar de amor! Sempre tem uma história pra alegrar…a gente se alimenta dos outros pra continuar bem o dia! Então temos tempo pra ficar junto, pra lagartear ao sol, pra contar piada, ver o céu, olhar uns aos outros, parar o tempo pra ver a vida e seguir vivendo com calma…

Gosto quando os outros vêm de longe pra somar, a casa se enche de festa! Depois eles vão embora, e a gente segue com quem fica pra compartilhar os dias, com tudo que há pra viver…não é diferente de lá, apenas temos tempo juntos pra poetar. Quando chega a noite, fecho os olhos (lembro que sempre quis a casa cheia, mesa barulhenta no almoço, gente diferente pra trocar) e agradeço por estar exatamente ali, com minha grande família, aprendendo a viver e a ser nesse mundo de tantas tempestades por dentro e por fora.

All you need is love!

Martha Medeiros traduz o que eu escreveria, se tivesse seu dom!
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“…os amores não têm sido eternos e nem infinitos enquanto duram, até porque não duram. São rápidos flashes de entusiasmo, são apostas, são ensaios, são tentativas, são experiências para constar do curriculo pessoal de cada um. Parecem mais fugas do que encontros. Amores quase perversos em sua instantaneidade, em sua fragilidade, em seu medo.

Medo de quê?
Sei lá, de vingarem: vá que dê certo! Melhor fazer a fila andar, já que não é fácil administrar um amor. Porém, mais difícil ainda é viver sem ele, e lá vão todos em busca de beijos à granel e realizações automáticas de desejos, tudo muito aflito, sem norte e sem calma. Onde estão as grandes e verdadeiras paixões?

O reconhecimento do amor, a dedicação a esse sentimento, o usufruto dessa emoção passa por uma sensibilidade especial que nada tem a ver com as urgências de uma sociedade que não sabe mais frear e aquietar-se. Quem nos ajuda a resgatar o amor, aquele amor que merece ser chamado como tal, é a arte. É ela que nos treina para o exercício da contemplação e para o respeito à solidão, porque só ama direito quem não tem medo de ficar sozinho, quem não usa o amor como salva-vidas, como muleta.”

Máscaras…

Que esse tipo de máscara sirva pra me proteger!
Que seja mais fácil interagir!!!
Que o julgamento comece por enxergar a você – e pare por aí!
Que o que você me vê, seja entendido como seu reflexo espelhado em mim;
Que eu esteja livre de você e que minha melhor companhia se faça presente
quando você e seus olhos de lince se aproximarem.
Que através dessa máscara, eu me lembre sempre que essas bobagens
não são permanentes, sendo construções pobres, de alicerces incertos.

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