“Assim que se vê livre da casca do ovo, a tartaruga marinha corre para o mar.
Imediatamente pronta para a vida, ela não tem dúvidas sobre o que fazer, nem erra o caminho para o seu destino natural. Quem dera fosse assim com os humanos!
Nós não só precisamos de muita ajuda e treino até conseguir ficar em pé, como às vezes levamos anos para encontrar a melhor direção a seguir. O ser humano, não há dúvida, não se cria nem se forma sozinho. Outras pessoas nos alimentam, cuidam de nós quando ficamos doentes, nos dão o afeto que vai se tornar o alicerce de nossa identidade, nos ensinam a descobrir um passado com outras culturas e civilizações que nos fazem entender as relações humanas. Relações experimentadas a cada dia, na família, na escola, no trabalho, no lazer.
Mas se está claro que dependemos dos outros para viver, que sempre estaremos junto com os integrantes de qualquer grupo ao qual pertencermos, não é tão simples administrar essa convivência. Não é fácil nos articular em sociedade de forma que todos possam crescer e expressar seus desejos, sem ferir o direito dos outros fazerem a mesma coisa. Ou seja, estar juntos exige cuidados, concessões mútuas, reciprocidade, confiança.” Texto do projeto Paz como se faz: semeando cultura de paz nas escolas.
Quem viu, como eu, as pequenas tartarugas seguindo firmes para a vida -ou quem sabe?- deveria lembrar o tempo todo da coragem de seguir a luz do dia, porque é pra lá que todo mundo vai…se perde e se encontra na imensidão do mar.
Filed under: eu sou assim | Leave a comment »