Confiança. Respeito. Cuidado.

“Confiança é o ato de deixar de analisar se um fato é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de onde provém a informação e simplesmente absorvendo-a.
Confiar em outro é muitas vezes considerado ato de amizade ou amor entre os humanos, que costumam dar provas dessa confiança.

A confiança é muito subjetiva porque não pode ser medida, é preciso ter confiança em quem se confia para poder confiar, o que torna a confiança um conceito intrínsico.

Confiança é o resultado do conhecimento sobre alguém. Quanto mais informações corretas sobre quem necessitamos confiar, melhor, formamos um conceito positivo da pessoa.
O grau de confiança entre duas pessoas é determinado pela capacidade que elas têm de prever o comportamento uma da outra. Também é “a expectativa que nasce no seio de uma comunidade de comportamento estável, honesto e cooperativo, baseado em normas compartilhadas pelos membros dessa comunidade”. Quando isso ocorre, tenho condições de prever o comportamento do outro em uma dada circunstância.

Confiança é previsibilidade do comportamento. Ao observar o comportamento de alguém, somos capazes de identificar os valores que determinam por que as pessoas se comportam de uma determinada maneira. Portanto, quando digo que confio em alguém, estou querendo dizer que: a) pertencemos à mesma comunidade de valores, e b) sei que ele estará tão orientado para atender a meus/nossos interesses quanto eu próprio estaria se estivesse no lugar dele. Quando isso acontece, as pessoas não negociam: elas são capazes de entregar um cheque em branco e assinado.”

Uma resposta

  1. Cara! Pensei eu com meus botões – e não é que não tem mesmo! Você perguntaria se estivesse interessado: – Do quê você está falando, afinal de contas? E eu responderia de cima de meus botões: – Essa boneca realmente não tem manual.
    Boquiaberto ou não, o que menos importa, você concordaria comigo que funções mais complexas seriam, deverasmente, impossíveis de se configurar, ou prever, que também não é lá muito importante.
    Onde quero chegar é que me deparei com a boneca, um dia desses, e ela pediu meu coração em uma bandeja de prata. Ou era a cabeça? Não lembro bem. Sei que o levou consigo, meu coração, eu acho, pois a cabeça não seria de muita valia. Eu entreguei de bom grado, pois sou cortez com belas damas, e nem se quer questionei, pois fiquei encantado com seu sorriso, que me disseram que de quindim, e o comprovei, sim, de Quindim e dos bons, cremosos e delicados. Desses sorrisos que você não nega seja lá o que for, nem seu coração em uma bandeja. Ou seria a cabeça?
    Ora! A questão é que sem manual não sei qual botão apertar, logo eu, leitor inveterado de manuais, fui cair nessa armadilha do destino. Nem uma dica. Nem código de barras e nem informação do modelo, para consultar o fabricante ou checar os modelos compatíveis. Num “mato sem cachorro”, com uma linda boneca sem manual. Perdido.
    Óquei! Sinto-me perdidinho da Silva. Ela não responde aos estímulos convencionais. Responde a coisas, e não a outras. Surpreende-me sempre. Quando acho que não notou um deboche me vem com uma observação de quina, quando acho que viu meu apelo infantil o ignora como uma boa educadora. Quando acho que está me observando, me viro para desmascará-la e ela está de costas, quando choro escondido em um buraco de árvore sinto sua mão a me afagar com ternura. Quando acho que “nem me liga” me escreve nas entrelinhas, quando “sinto muito” já sabia tudo.
    O que significa quando seus olhos brilham? Quando se cala? Quando para de sorrir? Quando não parece fazer questão de me achar? Quando me procura como os pés quando me afasto para lhe dar mais espaço na cama? Quando não vem me ver? Quando quer me ver? O por que de não ser o que talvez eu tente entender quando supostamente se cala sorrindo de mim, talvez, em lapsos de volveres e compadecidas palavras obtusas de silêncio? O que significa, afinal de contas, o seu raro “Te adoro”?
    Não darei mais nem um passo. Não olharei mais seus olhos. Não tentarei estar em seus braços. Não procurei mais seu manual. Ou minto?
    Mentiras à parte, quero apenas meu coração por perto. Se não manual que pelo menos automático, quando sentir falta, quando quiser um beijo ou até mesmo para a vida toda.

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