E o tempo passou…

E a vida deu voltas.
E a casa da boneca, que andava tão vazia, se preencheu de energia masculina…
Primeiro veio o amor companheiro, sublime, pra vida toda. Encheu a casa de risos, de cor, de música.
E aquela casa que estava sendo construída no alto do morro, pra uma solitária donzela, foi habitada desde o primeiro dia, pelo amor! Um amor disponível, cheio de carências que ela queria-e podia-suprir, cheio de alegrias pra compartilhar, proteção e um abraço feito ninho acolhedor. Aquela dureza e descrença, aquela busca incessante, deram lugar a uma doce primavera.

Assim, o amor foi solidificando, crescendo na base, transformando e tomando forma, família (=a forma do amor).

Então veio o segundo: amor em forma de gente. Que lembra todos os dias de estar presente, de regar o primeiro- amor presença. Um amor tão grande, que ela se fez amor, que escorre pelos poros e vai deixando rastros, pegadas. A vida transformou aquela boneca em várias, aquela que deseja, que ama, que seduz e aquela que cuida, que educa, que se transforma em mãe, amante, companheira, amiga e um ser cheio de questionamentos, de força e de fragilidade, de certezas e de medos, mas cheia de gratidão. Uma boneca que se renova como quem troca de roupinha. Pra estar melhor, ser mais, poder oferecer o seu melhor e trocar sempre, compartilhar com o amor.

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